segunda-feira, abril 25, 2011

::: A Rosa :::
Trecho do livro O Pequeno Príncipe

Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam. Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o príncipezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros. Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou então a preparar uma flor. O príncipezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que saíra dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma suas pétalas. Não queria sair como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durou dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado.

E ela, que se prepara com tanto esmero, disse, bocejando :

- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...

O príncipezinho, então, não pôde conter o seu espanto :

- Como és bonita !

- Não é ? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo em que o sol...

O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era comovente !

- Creio que é a hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim...

E o príncipezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.

Assim ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia, por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe :

- Eles podem vir os tigres, com suas garras !

- Não há tigres no meu planeta, objetara o príncipezinho. E depois, os tigres não comem erva.

- Não sou uma erva, responde a flor suavemente.

- Perdoa-me...

- Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso um para-vento ?

"Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o príncipezinho. É bem complicada essa flor....".

- À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal instalado. De onde eu venho...

Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr a culpa no príncipe :

- E o para-vento ?

- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas...

Então ela redobrava a tosse para infligir-lhe remorso.

Assim o príncipezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

"Não a devia ter escutado - Confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olha-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me agastara me devia ter enternecido... ".

Confessou-me ainda :

"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava e me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar ".
::: Marry Me :::
Train

Forever can never be long enough for me
Feel like I've had long enough with you
Forget the world now we won't let them see
But there's one thing left to do

Now that the weight has lifted
Love has surely shifted my way
Marry Me
Today and every day
Marry Me
If I ever get the nerve to say
Hello in this cafe
Say you will


Together can never be close enough for me
Feel like I am close enough to you
You wear white and I'll wear out the words I love you
And you're beautiful
Now that the wait is over
And love has finally shown her my way
Marry me
Today and every day
Marry me
If I ever get the nerve to say hello in this cafe
Say you will

Promise me
You'll always be
Happy by my side
I promise to
Sing to you
When all the music dies

And marry me
Today and everyday
Marry me
If I ever get the nerve to say hello in this cafe
Say you will

domingo, abril 17, 2011

::: Linda Rosa :::
Maria Gadú


Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto

Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto

Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz

Escolha feita inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo