segunda-feira, janeiro 26, 2009

::: Rehab :::
Rihanna

Baby, baby
When we first met I never felt something so strong
You were like my lover and my best friend
All wrapped in one with a ribbon on it
And all of a sudden you went and left
I didn't know how to follow
It's like a shock that spun me around
And now my heart's dead
I feel so empty and hollow


And I'll never give myself to another the way I gave it to you
You don't even recognize the ways you hurt me, do you?

It's gonna take a miracle to bring me back
And you're the one to blame
And now I feel like....oh!

You're the reason why I'm thinking
I don't wanna smoke on these cigarettes no more
I guess that's what I get for wishful thinking
Should've never let you enter my door

Next time you wanna go on and leave
I should just let you go on and do it
'Cause now I'm using like I bleed

It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease

Damn, ain't it crazy when you're love swept (?)
You'd do anything for the one you love
'Cause anytime that you needed me I'd be there
It's like you were my favorite drug
The only problem is that you was using me
In a different way than I was using you
But now that I know it's not meant to be
I gotta go, I gotta wean myself off of you


And I'll never give myself to another the way I gave it to you
You don't even recognize the ways you hurt me, do you?
It's gonna take a miracle to bring me back
And you're the one to blame
'Cause now I feel like....oh!

You're the reason why I'm thinking

I don't wanna smoke on these cigarettes no more
I guess that's what I get for wishful thinking
Should've never let you enter my door

Next time you wanna go on and leave
I should just let you go on and do it
'Cause now I'm using like I bleed

It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease

Justin Timberlake:
Now ladies gimme that...

Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Now gimme that...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
My ladies gimme that...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh
Now gimme that...
Oh, oh, oh, oh, ohohoh, oh, oh, ohh

Rihanna:
Oh! You're the reason why I'm thinking
I don't wanna smoke on these cigarettes no more
I guess that's what I get for wishful thinking
Should've never let you enter my door

Next time you wanna go on and leave
I should just let you go on and do it
'Cause now I'm using like I bleed

It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
It's like I checked into rehab
And baby, you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease
I gotta check into rehab
'Cause baby you're my disease
::: Don't Believe In Love :::
Dido

I wanna go to bed
With arms around me
But wake up on my own
Pretend
That I'm still sleeping
Til' you go home

Oh
I can't look at you
This morning
I should probably have a sign
That says
'Leave right now or quicker'
You've overstayed your time

If I don't believe in love
Nothing will last for me
If I don't believe in love
Nothing is safe for me
When I don't believe in love
You're too close to me
And that's why
You have to leave


Maybe I slept peaceful
On your shoulder
Your arm warm around my side
But it's different now
It's morning
And I can't face your smile


The second that I feel
Your safe hands
Reaching out for mine
I slip away and out of sight
You've ovestayed your time

If I don't believe in love
Nothing is good for me
If I don't believe in love
Nothing will last for me
When I don't believe in love
Nothing is new for me
Nothing is wrong for me
And nothing is real for me

If I don't believe in love
What do you get from me?
When I don't believe in love

Nothing is real for me
If I don't believe in love
You're getting too close to me
And that's why you have to leave
And that's why you have to leave

If I don't believe in love
If I don't believe in love
If I don't believe in love
Nothing is left for me
If I don't believe in love
You're too good for me

domingo, janeiro 25, 2009

::: Batata-frita :::
Tati Bernardi

Sempre achei que esse amor era coisa de quem não tinha nada melhor para fazer. Eu só o sentia porque estava infeliz naquela agência chata. Só por isso.

Saí, afinal, da agência chata. E comecei a trabalhar em casa. Amor é coisa de gente “firma” e agora que eu mandava na minha vida, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta.

Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, eu fico em casa o dia todo, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus.

Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo na casa do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava.

Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim?

Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?

Mas amor é coisa de Zé povinho. Coisa de quem tem o cabelo ruim e nunca andou de avião. Foram 400 paus na progressiva de chocolate e mais muitos mil euros, dólares e até pesos pra conhecer lugares do mundo que eu sempre quis. E o amor? Foi junto. Acordou, dormiu, fez malas, tirou fotos, mudou de cabelo. O amor não foi pelo ralo junto com a química fedida do meu cabelo.
Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que fala cheio de xis, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos.

Qualquer outra coisa que seja.

Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava?

Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão...adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento.

Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma escritora. Ou até, nossa, se eu pudesse escrever pra televisão sabe? Esse amor iria embora, claro.

Nada feito. Escrevo essas linhas de frente para um lindo jardim, que fica dentro de uma emissora de tv. Acho que a melhor e a maior delas. Estou aqui graças ao livro que escrevi. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essas coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos.

Mas olha lá quem chegou. Aquele cantor que agora é ator e autor. Aquele que cantava “você venceu, batata frita”. Taí. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu.
E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele.

Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você.
::: Reflexões de Domingo :::
Vi no Orkut de uma menina chamada Scheilinha, mas não sei quem escreveu

"Talvez eu também faça parte desse time de idiotas covardes que quando percebem que estão gostando de alguém, resolvem gostar de vários. Só para banalizar o sentimento. Só para descentralizar a renda."
::: Ausência :::
Vinícius de Moraes

Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar
senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto
existe o teu gesto e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar
uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como nódoa do passado
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa
suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém
porque poderei partir.

E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

::: Rosas :::
Ana Carolina

Você pode me ver
Do jeito que quiser
Eu não vou fazer esforço
Pra te contrariar
De tantas mil maneiras
Que eu posso ser
Estou certa que uma delas
Vai te agradar...

Porque eu sou feita pro amor
Da cabeça aos pés
E não faço outra coisa
Do que me doar
Se causei alguma dor
Não foi por querer
Nunca tive a intenção
De te machucar...


Porque eu gosto é de rosas
E rosas e rosas
Acompanhadas de um bilhete
Me deixam nervosa...

Toda mulher gosta de rosas
E rosas e rosas
Muitas vezes são vermelhas
Mas sempre são rosas...

Se teu santo por acaso
Não bater com o meu
Eu retomo o meu caminho
E nada a declarar
Meia culpa, cada um
Que vá cuidar do seu
Se for só um arranhão
Eu não vou nem soprar...

quinta-feira, janeiro 22, 2009

::: Nada Pra Mim :::
Ana Carolina

Eu!
Não vim aqui
Prá entender ou explicar
Nem pedir nada prá mim
Não quero nada prá mim...


Eu!
Vim pelo que sei
E pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim...

Eu não quero cantar
Prá ninguém a canção
Que eu fiz prá você
Que eu guardei prá você
Prá você não esquecer
Que eu tenho um coração
E é seu!...

Tudo mais que eu tenho
Tenho tempo de sobra
Tive você na mão
E agora
Tenho só essa canção...

sábado, janeiro 17, 2009

::: That's What You Get :::
Paramore

No sir, well I don't wanna be the blame, not anymore.
It's your turn, so take a seat we're settling the final score.
And why do we like to hurt so much?

I can't decide
You have made it harder just to go on
And why, all the possibilities where I was wrong

That's what you get when you let your heart win, whoa.
That's what you get when you let your heart win, whoa.
I drowned out all my sense with the sound of its beating.
And that's what you get when you let your heart win, whoa.

I wonder, how am I supposed to feel when you're not here.
'Cause I burned every bridge I ever built when you were here.
I still try holding onto silly things, I never learn.
Oh why, all the possibilities I'm sure you've heard.

That's what you get when you let your heart win, whoa.
That's what you get when you let your heart win, whoa.
I drowned out all my sense with the sound of its beating (beating)
And that's what you get when you let your heart win, whoa.

Pain make your way to me, to me.
And I'll always be just so inviting.
If I ever start to think straight,
This heart will start a riot in me,
Let's start, start, hey!

Why do we like to hurt so much?
Oh why do we like to hurt so much?

That's what you get when you let your heart win!
Whoa.

That's what you get when you let your heart win, whoa.
That's what you get when you let your heart win, whoa.

Now I can't trust myself with anything but this,
And that's what you get when you let your heart win, whoa

sexta-feira, janeiro 16, 2009

::: Pingos de Amor :::
Kid Abelha

A vida passa, telefono
E você já não atende mais
Será que já não temos tempo
Nem coragem de dialogar...

Ainda ontem pela praia
Alguma coisa me lembrou você
E veio a noite
Namorados se beijando
E eu estava só...

Vamos ser
Outra vez nós dois
Vai chover
Pingos de amor
Oh! Oh! Oh!
De amor
Pingos de amor
Pin Pin Pin...

domingo, janeiro 11, 2009

::: Delivery :::
Tati Bernardi

Quando paramos em frente ao flat, lembro que ainda perguntei mais uma vez se era isso mesmo o que ela queria. Ela apenas me olhou e sorriu triste. Como quando a pessoa está cansada de saber da dor do dia seguinte mas insiste em congelar um dia. E saiu do carro com delicadeza e uma esperança infantil de eternizar segundos.

Olhei ela entrando, de longe. Aquilo foi terrível. Queria sair gritando e agarrá-la pelo pescoço. E dizer mais uma vez que ela não precisava disso. E que uma hora tudo iria ser tão lindo e saudável e preenchedor. Mas a deixei ir, como uma mãe que sabe que o filho vai sofrer mas acha inevitável abrir as pernas para libertá-lo.

Três coisas facilitaram que ela achasse a vida muito divertida: o óculos escuro vagabundo que ela ganhou no casamento, as havaianas pra quando o pé cansasse e o fato de que a noite ia começar quando o dia já estava para nascer.

No elevador ela se achou absolutamente linda. Coisa que só achava nessas situações em que ninguém poderia saber o que ela estava fazendo. Ela se transformava em personagem para enganar a vida chata e todas as suas imperfeições. Tive dó quando vi a alegria que ela sentiu ao ver aquele corredor com dezenas de números. Era como uma gincana inocente onde só uma porta tinha o bilhete premiado e ela era a única que sabia o número.

Depois esperei, do lado de fora. Tudo virar frio. Ela se cansar do frio. Ela procurar o controle remoto do ar condicionado e não encontrar e morrer de frio. E querer um pedaço da coberta mas não ter mais permissão para querer. E querer um abraço mas não ser mais permitido ganhar isso. E querer pedir ajuda em relação ao frio mas não ser mais permitido pedir ajuda. E querer ser vista mas não ser mais permitido existir.

Esperei ela finalmente cansar do frio e se levantar sem fazer barulho. E enfrentar o dia seguinte, com tudo o que ele tem de real. A realidade cheia de pontas cortantes. A realidade que transforma uma mulher cheia de sonhos e carinhos e algumas boas frases em mais uma pizza que esfriou. Um delivery vencido.

E esperei sofrendo o momento em que ela se olharia no espelho e diria com os olhos borrados que sua ficha caiu. E esperei ela resgatar pelos cantos não íntimos, em silêncio e sem cúmplice, tudo o que era seu com medo de deixar algum rastro ou parecer boba.

Esperei sentadinha do lado de fora, com o coração na mão. Com medo dela fazer alguma besteira como beija-lo quatorze vezes mesmo ele sendo mais um desses caras que não vão sequer até a porta pra se despedir ou ligam para saber se o táxi chegou direito.

Ainda assim, ela é uma dessas garotas que beijam mais um desses caras quatorze vezes. Porque um desses caras, que dá vontade de beijar quatorze vezes, aparece a cada quatorze caras. E ela se despediu de uma felicidade e uma gentileza que existiram apenas na sua emoção. O que já era algo nessa vida chata cheia de gente chata. Alguém que despertava a sua emoção.

E ela finalmente saiu. Ela e seu sorriso triste novamente. Agora um pouco mais triste mas ainda assim iluminado. Ela e sua vontade de tomar banho quente e comer pão de queijo e voltar a ser apenas uma menina que sonha com alguém para se fazer isso junto, pela manhã. Com a maquiagem borrada e o vestido de ontem. E medo de ser confundida com puta na recepção do flat. E com medo dela própria, mais tarde, se confundir com puta.

Ela e seus óculos de brinquedo para esconder de brinquedo uma emoção de brinquedo. Usando sua havaianas para uma alma cansada. Achando graça que o dia terminava justamente porque começava de novo.

No Ibirapuera as pessoas corriam numa maratona. Cheias de certeza. Ela olhou tudo aquilo com um sono profundo. Enquanto alguns corriam, ela só queria parar. Parar em algum braço, em algum abraço. Parar finalmente. E tomar o banho quente e comer pão de queijo. E ter abraços permitidos para sempre. E poder reclamar do frio para sempre. Ela só queria se sentir quente, ainda que fosse de despedida.

Ela sabia que era amor de um dia e tinha topado, mas não aceitava que o amor de um dia tivesse acabado sem amor. Foi então que eu perguntei de novo, se era isso mesmo o que ela queria. E ela respondeu que não, não era. Mas na vida só existia uma coisa mais forte do que querer: a própria vida. Ela adormeceu no táxi, cansada o suficiente pra não se sentir suja e boba o suficiente pra engolir a saliva feliz, como se ainda pudesse reviver algo que havia morrido tão rápido.

Achei aquilo lindo, achei que aquilo era a vida. E acabei dando finalmente o abraço eterno que ela tanto queria e que eu tanto queria. Ainda que se perdoar não melhore a solidão de ninguém.
::: Dupla Face :::
Ana Paula Mangeon

?…
Aquela a mão que trouxe
Tornou-se a palma que empurra.
E o braço retraído que antes, rejeitou
É o mesmo que , fraternalmente
me amortece a queda.?


Eu sempre amo anjos tortos
Anjos caídos, anjos banais.
Eu amo sempre anjos enrustidos
Que me amam em bondades sazonais.

Amo também demônios canibais
De salivas peçonhentas e secreções febris
E pobres diabos, submissos e leais
Resignados com os seus remorsos servis.

Porém, o que nessa vida mais amo
O que mais venero e o que mais cortejo
É a humanidade inóspita do ser humano
Quando há de escolher entre razão e desejo

O ser humano, pleno de seus problemas
No desafogo, quando a alma não se consola
Morde a mão que lhe apazigua seus dilemas
Beija a boca, que cospe e que desola

Eu sempre amo anjos de humores lábeis
Hora cândidos, hora veementes
E amo anjos de vaidades frágeis
Que conforto, em meus braços inconsistentes.


E, por fim, amo -como tanto amor eu ouso?-
Homens. E lhes amo, com tanta voracidade
que lhes largo a casca na ilusão do repouso
enquanto carrego suas almas pela cidade.

Amo a insicía confiante do demônios
Amo a eruptiva verve dos ímpetos seus
E amo a ingenuidade patética dos anjos
Que me amam, depois pedem perdão a Deus

terça-feira, janeiro 06, 2009

::: Candle In The Wind 97 :::
Elton John

Goodbye England's rose
May you ever grow in our hearts

You were the grace that placed itself
Where lives were torn apart

You called out to our country,
And you whispered to those in pain

Now you belong to heaven,
And the stars spell out your name

And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never fading with the sunset
When the rain set in

And your footsteps will always fall here
Along England's greenest hills
Your candle's burned out long before
Your legend ever will.

Loveliness we've lost
These empty days without your smile

This torch we'll always carry
For our nation's golden child

And even though we try,
The truth brings us to tears
All our words cannot express
The joy you brought us through the years

Goodbye England's rose,
From a country lost without your soul,
Who'll miss the wings of your compassion
More than you'll ever know.

sábado, janeiro 03, 2009

::: Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim :::
Caetano Veloso

De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...


Não quero com isso
Dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela
Quando a gente ama
E tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E prá não chorar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...

Não vai ser fácil
Eu bem sei
Eu já procurei
Não encontrei meu bem
A vida é assim
Eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém...

De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
::: Toca :::
Tati Bernardi

Eu tenho um beijo que alterna do calmo pro intenso, você iria gostar. Acho que você tem olhos iguais ao meu beijo.

A gente poderia ser interessante andando com suas mãos longilíneas e eu tão pequenininha. De repente as pessoas poderiam olhar e pensar: lá vai mais um casal que não combina mas por isso mesmo dá certo. Seria lindo.

Eu olho tanto meu celular que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos. Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer. E me libertar da vontade de ouvir sua voz.

De novo, de novo, eu não canso. De novo fazendo romance em cima de um conto
breve. Dois jantares e um almoço. Só isso. E lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida. Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida.

Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana retrasada porque outro sumiu. Igual eu vivo ficando chateada e vive passando. Eu tenho prostituído demais a minha espera. E as coisas parecem perder a importância toda hora. O problema é que, para perder a importância toda hora, toda hora vivem ganhando importância, e eu estou ficando cansada.

Ah, se você me ligasse, a gente poderia ver aquele filme do Bertolucci que eu tô louca pra ver e, se no filme tivesse cena de sexo, eu iria morrer de vergonha. Depois você poderia me fazer alguns elogios, afinal eu passei o dia inteiro com uma touca de creme no cabelo esperando a sua ligação.

Os grampos estão me machucando, mas eu agüento a dor, eu agüento esperar.

O seu beijo poderia ser daqueles calmos e profundos e a gente poderia combinar tão obviamente quanto é óbvio o silêncio do meu celular. A gente poderia acabar de se beijar e cair na risada, uma risada tão ensurdecedora quanto o silêncio do meu celular.

Liga, vai, me dá uma chance. Me dá uma chance de ser extremamente sensual apesar do meu braço torto e das celulites da minha bunda. Ser extremamente sensível apesar de todas as ironias que eu te falo pra você não achar que pode me ganhar.

Eu aprendo a gostar de Nick Drake, Velvet, e se bobear até divido um ácido com você. Não, esquece, tô fora do ácido e quer saber de uma coisa? A Britney Spears vai continuar me dando uma vontade louca de dançar. É como você mesmo disse: eu tenho o ouvido burro.

Mas eu tenho uma mão esperta, me liga vai?

Olha eu mais uma vez me vendendo sexualmente, não, não compre. Compre meu coração, compre minha alma. Recuse minha incapacidade de me achar amada e me ame.

Se você me ligasse a gente poderia ter uma conversa séria a respeito da solidão e do tédio do mundo e resolver ser feliz pra sempre. A gente poderia resolver isso e depois resolver que o mundo tem suas limitações e depois resolver que não tem limitação coisa nenhuma. A gente poderia mudar de opinião juntos e tornar a vida menos solitária e tediosa.

Olha, é simples, são sete números e uma única chance de conhecer uma mulher super bacana. Que, sim, tem chulé às vezes, tem bafo às vezes, tem ataques de histeria, ciúme e infantilidade às vezes. tá bom, é mais do que às vezes, mas se você me ocupar com bom papo e carinho, eu juro que esqueço um pouco meu lado que não sabe se relacionar.

Peraí, tá tocando aqui. tem que ser você, tem que ser você. tem que meeeeeeerda, pena que não dá para processar o "Vivo Informa" por propaganda enganosa."
::: Para um menino com uma flor:::
Tati Bernardi

Acabo de chegar em casa e ver tudo diferente. Ainda estou fechando os olhos e tentando encontrar a parte mais quente das suas costas. Ainda estou com esse riso bobo na cara, matando a saudade de ter quinze anos e uma vida linda pela frente.

Pode ser mesmo que isso passe, pode ser que amanhã eu acorde e você tenha ido embora. Ainda assim, ainda que amanhã chegue para estragar tudo, poder chegar em casa e ver tudo diferente já são milhões de quilômetros rodados. Zilhões.

Você não sabe, nem sonha, mas você acaba de zerar minha vida. Minha vida era acordar todos os dias e sentir aquele gosto de merda na boca. Minha vida era vestir a armadura e relembrar com dor pela milésima vez todos os últimos podres de todas as pessoas podres que passaram ultimamente pela minha vida. Você acaba de zerar tudo.

Com a parte mais quente das suas costas, com o seu medo de beijo na orelha e com o seu jeito de se desculpar por falar demais e balançar os pés, você acaba de me salvar.

Esse texto é pra te falar uma coisa boba. É pra te pedir que não tenha medo de mim. Sabe esses textos que eu publico aqui, falando putaria? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Eu não sei de nada. Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria que isso que eu to sentindo agora durasse mais de uma semana. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. E você salvou minha vida. O mundo está lindo. Não tenha medo de mim.

Eu só queria que essa minha vontade de perdoar o mundo durasse. Hoje eu não odiei o Bradesco, a Vivo, meus pais, o IPTU, a mulher que divide a vaga do prédio comigo, o motoqueiro que me manda ir mais para o lado, a garota que fala caipira, aquele cara que você sabe quem é. Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando a cada segundo que você se desesperou pra encontrar meu brinco de coração. Você quis encontrar meu coração pequenininho no escuro. E você encontrou.

E você salvou meu dia, minha semana. E salvar meu dia já são zilhões de quilômetros. Você é meu herói.

Não tenha medo desse texto. Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. E de eu ser assim e falar tudo na lata. E de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. E de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. E de eu ter ido dormir com dor na alma o final de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora. E desse meu agora ser do tamanho do mundo.

Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer ou não sabe querer. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só fecho os olhos e lembro de você me pedindo sem graça para eu não deixar ninguém ocupar o lugar da minha canga. Tudo o que eu mais queria, por trás de todos esses meus textos tão modernos, sarcásticos e malandros, era de alguém que me pedisse para guardar o lugar. Ta guardado. O da canga e de todo o resto.

Talvez você pense que não merece esse texto. Há quanto tempo mesmo você me conhece? Algumas horas? Mas você merece sim. Hoje, depois de muito tempo, eu acordei e não me olhei no espelho. Eu não precisei confirmar se eu era bonita. Eu acordei tendo certeza.

Não tenha medo. Eu sou só uma menina boba com medo da vida. Mas hoje eu não tenho medo de nada, eu apenas fecho os olhos e lembro de você me dando aquela flor velha, fazendo piada ruim as sete da manhã, me lendo no escuro mesmo com dor de cabeça.

Eu posso sentir isso de novo. Que bom. Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Sabe o que eu fiz hoje? As pazes com o Bob Marley, com o Bob Dylan e até com o ovomaltine do Bob´s. As pazes com os casais que se balançam abraçados enquanto não esperam nada, as pazes com as pessoas que não sabem ver o que eu vejo. E eu só vejo você me ensinando a dar estrela. Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes.