domingo, dezembro 29, 2019

::: Alice no País das Maravilhas :::
Lewis Carrol

"Amas-me? Perguntou Alice.
Não, não te amo! Respondeu o Coelho Branco.
Alice franziu a testa e juntou as mãos como fazia sempre que se sentia ferida.
Vês? Retorquiu o Coelho Branco.
Agora vais começar a perguntar-te o que te torna tão imperfeita e o que fizeste de mal para que eu não consiga amar-te pelo menos um pouco.
Sabes, é por esta razão que não te posso amar. Nem sempre serás amada Alice, haverá dias em que os outros estarão cansados e aborrecidos com a vida, terão a cabeça nas nuvens e irão magoar-te.
Porque as pessoas são assim, de algum modo sempre acabam por ferir os sentimentos uns dos outros, seja por descuido, incompreensão ou conflitos consigo mesmos.
Se tu não te amares, ao menos um pouco, se não crias uma couraça de amor próprio e de felicidade ao redor do teu Coração, os débeis dissabores causados pelos outros tornar-se-ão letais e destruir-te-ão.
A primeira vez que te vi fiz um pacto comigo mesmo: "Evitarei amar-te até aprenderes a amar-te a ti mesma!"

quinta-feira, setembro 12, 2019

::: 5 Fases do término de uma relação amorosa :::
Frederico Mattos

Há cerca de 30 anos a médica Elisabeth Kubler Ross resolveu ir além de onde os médicos iam. Ela estudou a morte e como os paciente reagiam diante de doenças terminais. Ela chegou numa teoria que se popularizou elencando 5 fases que uma pessoa passa na hora do luto ou eminência da morte.

Um relacionamento também é passa por um luto, afinal não deixa de ser a morte de uma identidade de namorado, marido ou amante. Vamos a elas.

Negação

No primeiro momento que uma relação acaba seja iniciado por você ou a outra pessoa, vem uma fase de negação e aparente coragem. Parece q está tudo bem e você reage bem.

Consegue contar para as outras pessoas que até estranham como você se recuperou bem.

Como está? Estou bem , estou bem, estou bem, estou bem. Quantas vezes mais vai dizer que está?

Nessa fase não adianta falar ou aconselhar, pois é o choque inicial à nova situação.

Raiva

Passado o choque inicial surge uma fúria repentina. Essa raiva vem acompanhada da necessidade de acusar a outra pessoa ou quem quer que tenha surgido como explicação para o término.

Nessa hora a pessoa liga para a outra, exige explicações, joga tudo na cara. Devolve os presentes, queima os bilhetes e fotos e fala mal da pessoa.

Essa fase é perigosa pois costuma ser bem nociva para o ex-casal, mas algumas pessoas se abastecem da raiva para se sentirem fortes. Mal sabem que estão em cacos!

Barganha

Nessa fase parece que a mente tenta fazer acordos para ter de volta o relacionamento. Padres, pastores, pais de santos são consultados oficialmente, quando não as mandingas e cartomantes. Essa é a fase que você promete mudanças bruscas no comportamento.

Nessa fase você fica gentil, dócil, amiga e pronta para perdoar a si e ao outro a fim de que tudo fique bem. Deus costuma ser o consolo ideal nessa fase, pois aumenta a quantidade de preces feitas para trazer o amor de volta.

Depressão

Depois vem uma fase de derrota, culpa, autoacusações e sentimetno de desprezo e apatia por tudo. A identidade da pessoa vai diluindo drasticamente. Nessa hora as músicas de fossa ganham destaque.

O choro consvulsivo aumenta e a vontade de desaparecer é insulportável. Angústia e medo são amigas nessa fase. Conhecer outra pessoa é um remédio intragável. Tudo lembra o ex, qualquer lugar, som, cor e cheiro.

Aceitação

 Por fim, após reciclar seus sentimentos começa a nascer um pouco do sol de novo. Aquela sensação de conforto começa a despontar no horizonte. Os olhos começam a reparar em novas paisagens e lentamente a vitalidade ressurge.

A pessoa começa a posicionar o ex no lugar que merece. Sem acusação ou culpa, apenas constatação de um término que não foi culpa d eninguém, mas apenas um espaço que se extinguiu.

Enfim, as fases nem sempre se dão nessa ordem e cada pessoa sofre uma pequena nuance diferente delas. Mas esse texto nos dá uma direção e uma pequena luz no fim do túnel. Por mais dolorosa que seja uma perda, sempre há um momento em que recolhemos os cacos e seguimos em frente.

quinta-feira, fevereiro 07, 2019

::: A Lição da Rolha :::

Um supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto, observou algo que lhe chamou a atenção: Uma professora estava entrincheirada atrás de sua mesa na sala de aula. Os alunos faziam a maior algazarra. O quadro era caótico. Deciciu, então, se apresentar:
- Com licença, sou o Supervisor... Algum problema?
- Estou completamente perdida, senhor. Não sei o que fazer com estas crianças... Não tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o que lhes dizer.
O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou e, com serenida oriental, falou com as crianças:
- Alguém sabe o que é isto?
- Uma rolha!!! - Gritaram os alunos surpresos.
- Muito bem! E de onde vem a rolha?
- Da garrafa. Uma máquina as coloca. - De uma árvore, da cortiça, da madeira - respondiam as crianças animadas.
- E o que dá para fazer com a madeira? - continuava entusiasta o docente.
- Cadeiras, uma mesa, um barco...
- Muito bem, então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quyem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro coresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Aleguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar? E assim começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, história, economia, música etc.
A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao Supervisor:
- Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!
O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela professora. A encontrou novamente encolhida atrás da mesa em sua sala de aula.
Os alunos, outra vez, em desordem total.
- Mas, professora, o que houve? Lembra de mim?
- Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou. Não encontro aquela rolha. Onde a deixou?

Moral da história: Quando alguém não tem vocação para o que deve realizar, nunca vai achar a rolha!