sábado, janeiro 30, 2010

::: Mais Que a Mim :::
Ana Carolina e Maria Gadú

Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi niguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente adimitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

Ouvi dizer que você tá bem
que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
Mas não vi ninguém pra me abraçar
me dar a mão

Eu chorei sem disfarçar
quando vi seu carro passar
Vi todo o amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou
Mas agora eu vou.

Tentei falar mas você não soube ouvir
Tente adimitir!
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
Te amei mais que a mim, bem mais que a mim.

É, mais que a mim.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

:::Poema XVII :::
Pablo Neruda - Filme Patch Adams - O Amor é Contagioso

Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

domingo, janeiro 17, 2010

::: Carta de um Y ao seu filho :::
Anna Carolina Ortiz Gorski

São Paulo, 12 de março de 2018.

Filho meu,

Esta carta que lhe escrevo será lida um dia por você mesmo, para que minhas palavras completem meus atos. Foi escrita no dia em que você nasceu por uma mãe de primeira viagem, mas não por uma mulher recém-nascida. E, por isso, com um pouco de experiência do mundo, lhe passa a mensagem.

O monstro do escuro não existe. Aliás, filho, você um dia verá que o escuro é apenas aquilo que nossos olhos não sabem enxergar, mas que há pessoas que sabem ver escuridão em muitos dias de sol. Um dia claro pode ser até um pouco nublado, mas a luz desse dia estará com você se a alegria e o bom humor também estiverem presentes.

Chegar perto da janela não faz mal. Ainda mais se a mão que você segurar for de uma pessoa que olha na mesma direção que você, mas que principalmente poderá lhe acrescentar muitos outros pontos de vista.

Chocolate antes das refeições não é de todo ruim. Pode alterar o sabor do salgado, mas se você não mudar, de vez em quando, o sabor das coisas, como saber o que elas poderiam ter sido e não foram? E por que não fazer com que elas sejam diferentes?

Cores, formas e texturas estão por todos os lugares. Todas as sensações, experiências e momentos têm suas características. A felicidade pode ser laranja, caber num retângulo e ser translúcida como vidro. O mesmo vale para dias não tão bons. O importante, filho, é perceber que, assim como o sol e o escuro que lhe disse há pouco, todos os dias têm um pouquinho de cada cor do arco-íris. Nem tudo é amarelo. Nem tudo é cinza.

Histórias em quadrinhos são ótimas para a imaginação e percepção visual. O Homem Aranha não teria feito nada do que fez se não fosse a vontade de viver em um mundo mais justo. E se a ficção pode fazer um mundo melhor, o que diremos da realidade! Lembre-se da força (não só a física) dos heróis da História.

Pessoas boas, justas e decentes existem, sim. Não só nos contos de fada ou nas lições de moral das fábulas, mas na vida real. É difícil de encontrá-las, mas quando o fizer não as deixe escapar.

Correr de medo, chorar de solidão e sentir saudade que dói não são males condenáveis. Condenável é não se permitir sentir por medo dessas sensações.

Por falar em medo, aquele que nunca sentiu ou se afirma destemido é de se desconfiar. Não há nada nessa vida que não nos deixe um pouco receosos. Não fosse ele, não saberíamos o que é enfrentar o desconhecido. Falando em “desconhecido”, esse geralmente nos causa receio e hesitação. Mas também nos move na direção do novo, do inusitado; isso sim tem um valor inestimável.

Verá que amargura, ressentimento e mágoa são contraproducentes se carregadas por uma vida toda. Algumas pessoas vão lhe fazer mal e eu, nem sempre, poderei evitar. Contudo, perdoar é necessário, mas lembrar por que se perdoou é mais importante ainda. Algo lhe moveu na direção do perdão. Isso é preciso e precioso.

Do mesmo jeito, não se deixe enganar por promessas que pareçam boas demais à primeira vista. Nem tudo é tão perfeito como lhe vendem a idéia. Seja esperto para desconfiar.

Arte é tudo aquilo que mexe com a sua emoção. É preciso saber incluí-la nos seus dias e, se puder, incluí-la nos dias das outras pessoas. Todos nós precisamos de momentos em que nossos pés saiam do chão e que a imaginação nos faça ver o que está além dos olhos. Por isso, dance, cante, pinte, desenhe. Não tenha vergonha de se expressar.

Por outro lado, manter os pés no chão é igualmente bom. O dia a dia nos mostra limitações variadas: da natureza, do corpo, do homem. Faça tudo bem feito. O melhor que puder e o melhor que a sua saúde permitir. O seu corpo também é um limite e, como todo limite, precisa ser respeitado.

Por falar em limites, filho, há duas palavras importantes e que precisam ser muito bem aplicadas – tudo bem, errar fará parte dos seus dias – “sim” e “não” fazem milagres, mas também são limitadores. Nem todo “não” é para o mal e nem todo o “sim” sabe o que permite. Se você ouvir essas palavras vindas de nós, saiba interpretá-las: não queremos que você se frustre quando adulto, porém não podemos impedi-lo de cometer seus próprios erros – você só tem essa chance para acertar o máximo possível, e essa chance se chama “vida”; saiba o que fazer com esse presente.

Estude. Muito e sempre. Trabalhe. Muito e quase sempre. Não se deixe consumir por uma tela e um mouse enquanto sua vida – sua chance -acontece lá fora ou aí dentro.

Parar para descansar é tão importante quanto cumprir um prazo e entregar um trabalho de qualidade. Pessoas descansadas produzem mais e melhor. Acredite.

Não trabalhe contra você, não deixe que um elogio lhe suba a cabeça e que uma crítica -por mais ríspida que seja – acabe com o seu dia. Absorva a lição e continue seguindo em frente. Sempre.

Alguns lhe dirão que você é privilegiado por ter o que tem. Outros podem ter inveja – sim, ainda há quem almeje a vida do outro – dos seus sucessos. O grande ponto é ser humilde: para ser grato por tudo o que tem e para perceber que inveja é um sentimento vazio e pouco produtivo.

Saia do óbvio. Aliás, filho, óbvio é tudo aquilo que se repete inúmeras vezes, leva aos mesmos lugares, acrescenta as mesmas coisas. Fugir dele é possível e, hoje, imprescindível. Exige uma dose de criatividade e vontade. Saiba o que se tem por óbvio e desconstrua: use as oportunidades para enxergar além, moldar novas formas, criar.

Sua profissão será aquela que você escolher. Você. Não deixe que lhe digam o que vai ou não funcionar. Tenha, porém, os olhos apurados para enxergar oportunidades, uma vontade de dar certo, um amor enorme pelo que fizer.

Case-se ou não, namore muito, isso sim. Ele ou ela. Você sabe quem pode lhe aumentar a felicidade, mas seja quem for, não projete nele – ou nela – o que você queria que fosse. Aceitação e maleabilidade são as chaves da relação, uma não exclui a outra.

Tenha uma fé. Independentemente da sua religião, todos os credos levam ao mesmo Ser. Muitos serão os nomes, mas o seu coração será amparado sempre por Aquele que tudo provém.

Meu querido, com essa carta não tive a pretensão de lhe passar todo o conhecimento – mesmo porque não o detenho- mas apenas reforçar as lições que aprendi. De nada teriam valido se eu não as transmitisse para você.

Não é um guia, mas tenho certeza de que muito do que está aí se aplica!

Cuide-se, filho.
Te amo muito!
Um beijo e muitas cócegas,
Mamãe.

segunda-feira, janeiro 11, 2010

::: Discurso de Steve Jobs para a turma de formandos de Stanford em 2005 :::

"Sinto-me honrado de estar com vocês hoje na sua formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei. Verdade seja dita, isso é o mais próximo que eu cheguei de uma formatura de faculdade. Hoje eu quero contar pra vocês três histórias da minha vida. É isso. Nada de mais. Apenas três histórias."

A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei a Universidade Reed depois de 6 meses, mas fiquei por perto por cerca de outros 18 meses antes de eu realmente ir embora. Por que eu saí?
Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma universitária jovem e solteira, e ela decidiu me doar. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas formadas, então tudo foi arranjado para que eu fosse adotado assim que eu nascesse por um advogado e sua esposa. Só que na hora que eu apareci eles decidiram no último minuto que eles queriam mesmo era uma menina. Então meus pais, que eram os próximos da lista de espera, receberam um telefonema no meio da noite perguntando: “Nós temos um menino, vocês o querem?” Eles disseram: “Claro”. Minha mãe biológica descobriu mais tarde que minha mãe nunca se formou e que meu pai sequer completou o Ensino Médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só cedeu alguns meses mais tarde quando meus pais prometeram que um dia eu iria para a universidade.
E 17 anos depois, eu fui. Mas ingenuamente eu escolhi uma universidade que era tão cara quanto Stanford, e todas as economias dos meus pais de classe média estavam sendo gastas na minha formação. Depois de seis meses, eu não conseguia ver valor naquilo. Eu não tinha a mínima idéia do que eu queria fazer da minha vida e menos ainda de como a faculdade iria me ajudar a descobrir. E aqui estava eu gastando todo o dinheiro que meus pais economizaram a vida toda. Então eu decidi sair e confiar que tudo daria certo. Na época foi bem assustador, mas olhando agora eu vejo que foi uma das melhores decisões que eu já fiz. No minuto que eu saí eu pude parar de ir às aulas que não me interessavam, e começar a freqüentar aquelas que pareciam interessantes.

Não foi tudo um mar de rosas. Eu não tinha dormitório, então eu dormia no chão do quarto dos meus amigos, eu devolvia garrafas de coca por cinco centavos para comprar comida, e eu caminhava mais de 11 quilômetros pela cidade todo domingo de noite para conseguir uma boa refeição por semana no templo Hare Krishna. Eu adorava. E muitas das coisas em que eu esbarrei por seguir minha curiosidade e intuição acabaram sendo valiosíssimas mais tarde. Deixe me dar um exemplo:

A Universidade Reed na época oferecia talvez o melhor curso de caligrafia no país. No campus, cada pôster, cada marca em cada desenho, era magnificamente feita à mão. Como eu havia abandonado e não precisava mais ir às aulas normais, eu decidi ir ao curso para aprender a fazer aquilo. Eu aprendi sobre fontes serif e san serif, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, tudo sobre como criar uma ótima caligrafia. Era lindo, histórico e artisticamente sutil duma maneira que a ciência não pode capturar, e eu achei fascinante.

Nada disto tinha sequer uma esperança de ter qualquer aplicação prática na minha vida. Mas dez anos depois, quando nós estávamos desenhando o primeiro Macintosh, eu lembrei de tudo. E nós desenhamos tudo dentro do Mac. Foi o primeiro computador com bela tipografia. Se eu nunca tivesse assistido àquele curso na faculdade, o Mac jamais teria múltiplas fontes ou fontes proporcionalmente espaçadas. E como o Windows copiou tudo do Mac, provavelmente nenhum computador teria. Se eu nunca tivesse abandonado a faculdade, eu jamais teria entrado na aula de caligrafia, e computadores não teriam a maravilhosa tipografia que eles possuem. Claro que era impossível ligar os pontos adiante quando eu estava na universidade. Mas ficou muito claro olhando pra trás dez anos depois.

Com efeito, você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida.

Minha segunda história é sobre amor e perda.

Eu tive sorte – eu descobri o que gostava de fazer logo cedo na vida. Steve Wozniak e eu fundamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha vinte anos. Nós trabalhamos duro, e em dez anos a Apple cresceu de apenas nós dois numa garagem para uma companhia de 2 bilhões de dólares com mais de 4000 funcionários. Nós havíamos lançado nossa melhor criação – o Macintosh – um ano antes, e eu recém havia feito 30 anos. E então eu fui demitido. Como você pode ser demitido da companhia que você fundou? Bem, como a Apple cresceu nós contratamos alguém que eu pensei ser muito talentoso para administrar a empresa comigo, e durante o primeiro ano as coisas funcionaram. Mas então nossas visões do futuro começaram a divergir e eventualmente nós nos desentendemos. Quando isso aconteceu, nosso Conselho Diretor ficou do lado dele. Então, aos 30 anos eu estava fora. E de forma bem pública. O que havia sido o foco da minha vida adulta inteira havia acabado, e foi devastador.

Eu realmente não sabia o que fazer por alguns meses. Eu senti que eu havia desapontado a geração anterior de empreendedores – que eu tinha deixado cair o bastão que havia sido passado pra mim. Eu me encontrei com David Packard e Bob Noyce e tentei pedir desculpas por ter estragado tudo. Eu era um fracasso amplamente divulgado, e até mesmo pensei em fugir do Vale do Silício. Mas algo lentamente começou a se mostrar pra mim – eu ainda adorava o que fazia. Os eventos na Apple não mudaram isso nem um pouquinho. Eu havia sido rejeitado, mas ainda estava apaixonado. Então eu decidi começar de novo.

Eu não vi isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter me acontecido. O peso de ser bem-sucedido foi substituído pela leveza de ser um principiante novamente, menos seguro sobre tudo. Libertou-me para entrar em um dos períodos mais criativos da minha vida.

Durante os cinco anos seguintes, eu fundei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar, e me apaixonei por uma incrível mulher que se tornaria minha esposa. A Pixar criou o primeiro filme de desenho animado totalmente feito em computador, Toy Story, e agora é o estúdio de animação mais bem-sucedido do mundo. Em uma memorável seqüência de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei pra Apple, e a tecnologia que nós desenvolvemos na NeXT está no coração do recente renascimento da Apple. E Laurene e eu temos uma família maravilhosa juntos.

Tenho certeza que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio de péssimo gosto, mas eu acho que o paciente precisava. Às vezes a vida te acerta na cabeça com um tijolo. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me manteve em pé foi gostar do que eu fazia. Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.

Minha terceira história é sobre morte.

Quando eu tinha 17 anos, eu li uma frase que era algo assim: “Se você vive cada dia como se fosse o último, algum dia você vai estar certo.” Ela causou uma impressão em mim, e desde então, pelos últimos 33 anos, eu tenho olhando no espelho toda manhã e perguntado a mim mesmo: “Se hoje fosse o último dia da minha vida, eu faria o que eu vou fazer hoje?” E sempre que a resposta tem sido “Não” por muitos dias seguidos, eu sei que eu preciso mudar alguma coisa.

Lembrar-me de que logo eu vou estar morto é a ferramenta mais importante que eu encontrei pra me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Porque quase tudo – todas as expectativas exteriores, todo o orgulho, todo o medo de passar vergonha ou falhar – todas essas coisas simplesmente ficam pequenas diante da morte, deixando apenas o que é realmente importante. Lembrando-se de que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço pra evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há motivo para não seguir seu coração.

Cerca de um ano atrás eu fui diagnosticado com câncer. Eu tive um exame às 7h30min da manhã, e ele claramente mostrou um tumor no meu pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas. Os médicos disseram-me que era quase que certamente um tipo incurável de câncer, e que eu não viveria mais que 3 ou 6 meses. Meu medico me aconselhou a ir pra casa e colocar meus assuntos em ordem, o que é o código médico para prepare-se para morrer. Isso significa tentar dizer pros seus filhos tudo o que você planejava dizer nos próximos dez anos em apenas alguns meses. Significa ter certeza que tudo está ajustado de maneira que seja o mais fácil possível para sua família. Significa dizer os seus adeuses.

Eu vivi com aquele diagnóstico durante o resto do dia. Mais tarde naquele mesmo dia eu fiz uma biópsia, onde eles enfiaram um endoscópio na minha goela, através do meu estômago e meus intestinos, colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha esposa, que estava lá, contou-me que quando os médicos viram as células debaixo de um microscópio, eles começaram a chorar, porque no fim das contas era um tipo muito raro de câncer pancreático que é curável através de cirurgia. Eu fiz a cirurgia e estou bem agora.

Isso foi a mais próximo que eu estive de encarar a morte, e espero que seja o mais próximo que eu chegue por mais algumas décadas. Tendo passado por isso, eu agora posso dizer isso pra vocês com um pouco mais de certeza do que quando a morte era apenas um conceito útil, mas puramente conceitual:

Ninguém quer morrer. Mesmo pessoas que querem ir pro céu não querem morrer pra chegar lá. E mesmo assim a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém jamais escapou. E é assim que tem que ser, porque a morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente causador de mudanças da vida. Ela elimina o velho para criar espaço pro novo. Agora o novo são vocês, mas não muito longe de agora, vocês gradualmente se tornarão o velho e serão eliminados. Sinto muito ser tão dramático, mas é a verdade.

Seu tempo é limitado, então não percam tempo vivendo a vida de outro. Não sejam aprisionados pelo dogma – que é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário.

Quando eu era novo, havia uma publicação incrível chamada The Whole Earth Catalog (O Catálogo Inteiro da Terra), que era uma das bíblias da minha geração. Ela foi criada por um sujeito chamado Stewart Brand não muito longe daqui em Menlo Park, e ele a trouxe à vida com seu toque poético. Era o final dos anos 60, antes dos computadores pessoais e seus editores de texto e impressoras, então ela era toda feita com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid. Era como um Google formato de papel de jornal, 35 anos antes do Google aparecer: era idealístico, e cheio de ferramentas legais e grandes conceitos.

Stewart e seu time publicaram varias edições do The Whole Earth Catalog, e quando chegou a hora, eles fizeram a edição final. Foi no meio dos anos setenta, e eu tinha a idade de vocês. Na contracapa da edição final havia uma fotografia de uma estrada de interior de manhã cedo, do tipo que você encontra trilhando se for aventureiro o suficiente. Nela estavam as palavras: “Permaneça faminto. Permaneça tolo.” Era a mensagem de adeus deles. Permaneça faminto. Permaneça tolo. E eu sempre desejei isso pra mim. E agora, que vocês se formaram, eu desejo isso pra vocês.

Permaneçam famintos. Permaneçam tolos.

Muito obrigado.

sábado, janeiro 02, 2010

::: Tipos de Mulheres e Suas Bebidas :::
Site Papo de Bêbado

Olá, sou nova por aqui e sim, sou a primeira mulher a escrever nesta revista. E gosto de beber.

Pelo meu nome vocês já devem ter percebido que sou loira, mas não sou gelada como a paixão nacional. Mas meu nome veio inspirado nessa paixão e como uma loira feminina deve ser.

As mulheres tem gostos bem mais particulares que os homens quando se fala de bebida alcoólica, por que além de desejarem relaxar, querem uma saborosa experiência em seu paladar. Essa dica é para os homens, como definir uma mulher pelo que ela bebe. Abaixo algumas dicas em cada bebida.

Ela bebe Vinho de boa qualidade.

Essa tem um gosto mais apurado, gosta de coisas mais finas, difíceis e sutis. Ela é chamada a maçã no topo da árvore, nem todos conseguem alcançá-la. Mas quando o fazem a recompensa é boa.

Dica para conquistá-la:

Vá devagar, sem aparentar estar diretamente intencionado, e com calma se aproxime. ATENÇÃO: SE ESTIVER BÊBADO MANTENHA DISTÂNCIA DO TIPO VINHO. ELAS GOSTAM DE HUMILHAR HOMENS EM PÚBLICO.


Ela bebe whisky.

Esse tipo se divide em dois subtipos
  1. 16 e 8 anos. Aprecia o bom e velho gosto que só o nosso cachorro engarrafado pode dar. Cuidado ela é bem geniosa, e provavelmente, mais esperta que você.
  2. Falsificado. Essa é pra pegar e depois jogar na sarjeta, o importante para ela não é que o whisky seja bom, mas que ela ache que está “bebendo um bom whisky”. Você pega esse tipo até assobiando.


Ela bebe Tequila.

Essa garota está pronta para a ação! Gosta de ficar alta, mas sem perder o controle.

Dica para conquistá-la:

Flerte direto, ela vai dar algum trabalho, mas você consegue.


Ela bebe cerveja.

Descontraída, não liga muito em fazer a parte da compostura de mulher tradicional. Bebe para a própria diversão. Engraçada e divertida, os homens gostam muito desse tipo.

Dica para consquitá-la:

Brinque e faça o tipo amigo, não demora muito, apesar desse tipo ter variações que demoram mais tempo na conquista, são mais fáceis que as do whisky.


Ela bebe licor.

Esse tipo (não considere em festas juninas) se mostra satisfeita com o que tem. Se ela não tem o Brad Pitt, ela se conforma com o garoto bêbado que chegar nela.

Dica para conquistá-la:

Precisa de dica?


Ela bebe cachaça.

Também se divide em dois subtipos

  1. Fina. Gosta do efeito rápido da cachaça, mas não dispensa o sabor. Ela é mais seletiva. Se você não quer ter trabalho, mantenha distância.
  2. Pinga velha de fábrica. Essa pega tudo que vir pela frente. Dando um exemplo, após duas doses ela já está em cima da mesa dançando de mini-saia. Tire suas conclusões.


Ela bebe Vodka.

É descontraída e simpática, prefere a vodka por ter gosto forte e suave no final. Aprecia muito o seu paladar. Pode ter seu gosto comparado um pouco mais abaixo a de whisky, no entanto a diferença é pouco. Não brinque com essa, você não vai querer ver o resultado.

Dica para conquistá-la:

Devagar e sempre. Aproximação por amigos e conhecidos é a melhor opção.


Finalizando…

Bem espero que tenham gostado desse primeiro post!

Aqui vai uma dica super importante, se você estiver quase em coma alcoólico, a chance de levar uma fora é de 85%. Ou seja, fique feliz! Você ainda tem 15% de chance de pegar a baranga do bar.

Beijos e muitas doses para vocês.