quarta-feira, outubro 27, 2004

Eu ouvi essa música hoje no meu caminho para a faculdade. Como eu tinha esquecido dessa música? Eu a amo demais!!! Letra e melodia... Um dia ainda subo em um palco e canto, com muita vontade!

::: What's My Age Again :::
Blink 182

I took her out, it was a Friday night
I wore cologne to get the feeling right
We started makin' out and she took off my pants
But then, I turned on the TV

And that's about the time she walked away from me
Nobody likes you when you're 23
And are still more amused by TV shows
What the hell, is ADD, my friends say I should act my age
What's my age again?
What's my age again?

Then later on, on the drive home
I called her mom from a payphone
I said I was the cops and your husband's in jail
This state looks down on sodomy

And that's about the time that bitch hung up on me
Nobody likes you when you're 23
And are still more amused by prank phone calls
What the hell is call ID, my friends say I should act my age
What's my age again?
What's my age again?

And that's about the time she walked away from me
Nobody likes you when you're 23
And you still act like you're in freshman year
What the hell is wrong with me, my friends say I should act my age
What's my age again?

That's about the time that she broke up with me
No one should take themselves so seriously
With many years ahead to fall in line
Why would you wish that in me,
I'll never wanna act my age
What's my age again?

terça-feira, outubro 26, 2004

Cada dia que passa eu me identifico mais e mais com os textos dessa mulher.
Será que toda mulher é assim ou ela adivinha o que se passa na minha vida e na minha cabeça??

::: Que fazer em caso de tédio? :::
Tatiane Bernardi

Minha vida tá chata. Pra cacete. Ou melhor: sem cacete.Eu passo mais de doze horas no trabalho, mais de duas horas na academia, mais de seis horas pra pegar no sono e não sobra nada para acalmar as súplicas dos meus hormônios por uma vida menos meia boca. Eu sigo à risca a dieta da nutricionista para ganhar músculos, os exercícios do personal (sim, eu escrevi isso só para falar que faço personal) para perder a largura da bunda e o balanço desnecessário do músculo do tchau.

Eu cumpro prazos, eu cumpro horários, eu cumpro regras de sobrevivência para não mandar à merda as pessoas chatas do meu trabalho e perder o emprego. Eu cumpro regras de educação para não dizer todas as merdas que me vêm à cabeça quando sou obrigada a aturar pessoas burras, e, por falar em merda: até meu intestino tem funcionado com hora certa. Puta vida chata!

Minha vida tá um Nutry de banana, sabe? Uma esteira no condomínio do prédio? Um homem que te leva para jantar no La Buca Romana e escuta CD de novela? Minha vida tá meia boca pra cacete.

Você também precisa de um motivo para levantar da cama de manhã? Não que eu seja depressiva e tenha dificuldades de levantar da cama, não é isso. Tô falando de LEVANTAR da cama, dar aquele pulo de "bora lá para mais um dia fantástico Tatiane!". Você também precisa de um? Pois é, eu dedico dez minutos da minha manhã procurando um e o único que vem a minha cabeça é "levanta logo porque, se a vida tá chata, perder o emprego só vai piorar".

Antes era tão fácil, quando eu tinha meus 18, 19, 20 anos. Eu levantava da cama porque tinha uma festa na São Francisco cheia de homens pseudopolitizados-sustentados pelo pai com camisetas do Che Guevara. Eu levantava porque tinha cervejada no Mackenzie com todos os meus amigos deslumbrados pela vida que prometia tantas coisas. Eu levantava porque o gatinho da balada (que não sabia nem falar e estava fumado) tinha prometido ligar. Eu levantava porque era estagiária da W/Brasil e propaganda me dava um puta tesão, publicitários me davam um puta tesão e o sonho de ser contratada numa agência grande era quase um orgasmo. Hoje acho festas de faculdade e garotos de balada um porre (até porque não tenho mais idade nem ouvido pra isso) e meu tesão pela propaganda e pelos publicitários brochou sem esperanças de Viagra.

Publicitários em geral são chatos, inseguros, metidos, freqüentam sempre os mesmos lugares, falam sempre as mesmas coisas e acham que a barriga e a careca não importam já que eles têm uma conta cheia no banco, mas na verdade são brochas de tanto trabalhar. Propaganda é só mais uma profissão com tudo o que uma profissão tem de chata (com o agravante de ter criativos que se acham artistas porque no Brasil o cinema ainda é fraco e atendimentos que se sentem tão bostas que soltam frases em inglês para virar o misterMBA). E que fique claro que não estou generalizando, por favor.

Enfim, me perdi no meu veneno, voltando ao assunto: minha vida tá chata, pra cacete. Eu conheço homens aqui e ali, mas nenhum me emociona, os que me emocionam se mostram loosers semanas depois (olha eu brincando de MBA igual a meus amigos atendimentos). Minhas amigas em geral continuam arrastando seus namoros sem emoção e as que juram viver uma vida de emoção vivem bêbadas. E que fique claro que não estou generalizando, por favor.

Meus heróis morreram de overdose: overdose de trabalho, overdose de família, overdose de vida adulta, overdose de ir empurrando com a barriga. Tenho me emocionado com crianças e cachorrinhos, que são em essência o quesão e tudo se resume a algo muito bonito e simples.
De resto, baaaaaahhhhhhh, onde está a diversão? Olha, eu tenho procurado por ela. Eu não tenho estado-estando-desistindo (só para citar mais uma vez meus amigos atendimentos e seus gerúndios MBA). Ela não está na Faria Lima ou na Vila Olímpia com suas garotinhas e garotinhos em série: uma edição sem cérebro. Ela não está na Vila Madalena ainda que eu não tenha desistido de ser despretensiosamente feliz num barzinho despretensioso. Ela não está nos três filmes que assisto por semana para fugir da minha realidade. Ela definitivamente não está em ex-casos, ex-namorados e ex-paqueras.

Às vezes eu acho que ela está na Fnac, na praia ou numa trepadinha sem maiores danos. Mas aí ela escapa como areia das minha mãos assim que eu enjôo do CD, do calor, da falta de amor ou acabo um livro. A felicidade é fugaz, pequena demais para meu vício e meu exagero. Ela não está no meu carro novo, nas minhas roupas novas, no meu novo emprego, no meu salário. E se você vier com aquele papo de que está em mim eu vou te dizer que chupar o título do Freud não vale. Ter alguma consciência, alguma idade e alguma experiência me tornaram exigente. E eu que gostava da diversão em diversidade fiquei com pouquíssimas opções. Fiquei chata. Enfim, sei lá.

Vai ver essa coisa de diversão e felicidade é uma eterna busca mesmo. E vai ver que é por isso que a gente continua levantando da cama.

segunda-feira, outubro 25, 2004

EU PREFIRO O NADA!!!!

::: Entre a dor e o nada, o que você escolhe? :::
Rosana Braga

Não quero defender as relações falidas e que só fazem mal, nem estou sugerindo que as pessoas insistam em sentimentos que não são correspondidos, em relacionamentos que não são recíprocos, mas quero reafirmar a minha crença sobre o quanto considero válida a coragem de recomeçar, ainda que seja a mesma relação; a coragem de continuar acreditando, sobretudo porque a dor faz parte do amor, da vida, de qualquer processo de crescimento e evolução.Pelas queixas que tenho ouvido, pelas atitudes que tenho visto, pela quantidade de pessoas depressivas que perambulam ocas pelo mundo, parece que temos escolhido muito mais vezes o “nada” do que a “dor”.Quando você se perguntar “Do que adianta amar, tentar, entregar-se, dar o melhor de mim, se depois vem a dor da separação, do abandono, da ingratidão?”. Pense nisso: então você prefere a segurança fria e vazia das relações rasas? Então você prefere a vida sem intensidade, os passos sem a busca, os dias sem um desejo de amor? Você prefere o nada, simplesmente para não doer? Não quero dizer que a dor seja fácil, mas pelo amor de Deus, que me venha a dor impagável do aprendizado que é viver. Que me venha a dor inevitável à qual as tentativas nos remetem. Que me venha logo, sempre e intensa, a dor do amor...Prefiro o escuro da noite a nunca ter me extasiado com o brilho da Lua...Prefiro o frio da chuva a nunca ter sentido o cheiro de terra molhada...Prefiro o recolhimento cinza e solitário do inverno a nunca ter me sentido inebriada pela magia acolhedora do outono, encantada pela alegria colorida da primavera e seduzida pelo calor provocante do verão...

E nesta exata medida, prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço...Prefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida...Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o impacto de um beijo forte e apaixonado... daqueles que recolocam todos os nossos hormônios no lugar!Prefiro a angústia do erro a nunca ter arriscado...Prefiro a decepção da ingratidão a nunca ter aberto meu coração...Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido a nunca ter amado ensandecidamente.Prefiro a certeza desesperadora da morte a nunca ter tido a audácia de viver com toda a minha alma, com todo o meu coração, com tudo o que me for possível...Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada...Não há – de fato – algo mais terrível e verdadeiramente doloroso do que a negação de todas as possibilidades que antecedem o “nada”.E já que a dor é o preço que se paga pela chance espetacular de existir, desejo que você ouse, que você pare de se defender o tempo todo e ame, dê o seu melhor, faça tudo o que estiver ao seu alcance, e quando achar que não dá mais, que não pode mais, respire fundo e comece tudo outra vez...Porque você pode desistir de um caminho que não seja bom, mas nunca de caminhar...Pode desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser você mesmo...Pode desistir de um jeito falido de se relacionar, mas nunca de abrir seu coração...Portanto, que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e dos desencontros... Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez... e não somente uma pessoa, mas tudo o que for digno de ser amado!


terça-feira, outubro 19, 2004

E esse texto é para mim... é no que eu acredito.

::: A Impontualidade do amor :::
Luis Fernando Veríssimo

Você está sozinho. Você e a torcida do flamengo. Em frente à tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm... É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha,sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida,desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.
Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora por exemplo, que você está de banho tomado de camisa e jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retratos e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém, que nem te enxerga, e mal repara em outro alguém, que só tem olhos para você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, agarrando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de cortar unha, nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para o norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar na última cadeira de um ônibus, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês.
Você vai ouvir "eu te amo" numa terça- feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar a carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza.
Idealizar é sofrer.
Esse texto vai para uma pessoa que gosto bastante, mas que no fundo não acredita que vai encontrar a verdadeira felicidade, então fica ao lado de alguém que só a faz um pouco feliz.

::: Sentir-se amado :::
MÁRIO QUINTANA

O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas.
Mas saber ser amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão
dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso.
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica
triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão....
Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta
muito tempo.
Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

domingo, outubro 10, 2004

::: Não me deixe só :::
Vanessa da Mata

Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor

Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero de amor

Fique mais
Que eu gostei de ter você
Não vou querer mais ninguém
Agora que sei quem me faz bem

Não me deixe só
Que eu saio na capoeira
Sou perigosa, sou macumbeira
Eu sou de paz, eu sou do bem

Mas não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz

Não me deixe só

segunda-feira, outubro 04, 2004

Poema da Mulher...
Autor Desconhecido

Que mulher nunca comeu:
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca teve:
Um sutiã meio furado,
Um tio meio tarado
Ou um amigo meio viado

Que mulher nunca temeu:
Uma consulta dentaria,
Passar atestado de otária
Ou a incontinência urinaria

Que mulher nunca tomou:
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan pra dormir?

Que mulher nunca sonhou:
Com o marido da melhor amiga,
Com a sogra morta, estendida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou:
Em zunir uma panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou:
Pra ter a perna depilada,
Pra aturar uma empregada
Ou pra trabalhar menstruada?

Que mulher nunca gozou:
Pensando que era amor,
Dentro de um elevador
Ou com a ponta do indicador?

Que mulher nunca perdeu:
A compostura no trabalho,
Uma festa por um jogo de baralho
Ou uma amiga por um caralho?

Que mulher nunca dormiu:
Sem tirar a maquiagem,
Ouvindo muita bobagem
Ou no meio de uma sacanagem?

Que mulher nunca acordou:
Com um desconhecido ao lado,
Com o cabelo desgrenhado
Ou com o travesseiro babado?

Que mulher nunca sofreu:
Um assédio sexual,
Dor de corno por um bossal
Ou um comichão vaginal?

Que mulher nunca apertou:
O pé no sapato pra caber,
A barriga pra emagrecer
Ou um fininho pra enlouquecer

Que mulher nunca jurou:
Que não estava ao telefone,
Que nem pensa em silicone
Ou que "dele" não lembra nem o nome?