segunda-feira, julho 26, 2004

::: To Aprendendo a Viver Sem Você :::
Detonautas - (Rodrigo Netto)

Venha pra perto de mim e veja como eu estou só
Senta e olha pro chão
A culpa não foi de ninguem , não não
Tô aprendendo a viver sem você (2x)
Sei quei o dia raiou para mim
Mas pra você tanto fez
Sei que não vou mudar sou assim
Para você sou mais um

Tô aprendendo a viver sem você
Tô voltando pra meu recanto

Lá é bem melhor
Não não sei quem vai estar me esperando
Eu nunca vou estar só

Tô aprendendo a viver sem você 
Tô aprendendo e não quero aprender
Tô aprendendo a viver sem você


terça-feira, julho 20, 2004

::: Tênis e Frescobol :::
Rubens Alves
Enviado por e-mail pelo Raul


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal.
Os casamentos do tipo frescobol são uma finte de alegria e têm a chance de Ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele; “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?".
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar ” .
Scherazade sabia disso. Saiba que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte como no filme Império dos Sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo..."
“Barthes advertia”Passada a primeira confissão, ‘eu te amo’ não quer dizer mais nada”.
É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota de revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.
Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria Ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir…
E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A boa, são nossas fantasias, irrealidades, sonhos soa a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é Ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…
::: Tipos de Amigo :::
Enviado por e-mail pelo Raul


As diferenças entre "Amigo Simples, Amigo Verdadeiro e Amigo Prá-Caralho"
Um simples amigo traz uma garrafa de vinho para sua festa.
Um amigo de verdade chega cedo, ajuda a cozinhar e fica até mais tarde para te ajudar a limpar.
Um amigo prá caralho faz tudo isso, e ainda bebe todas na sua festa, vomita no tapete da sua mãe e dorme atrás do sofá até segunda- feira pela manhã, quando a empregada o encontra.
Um simples amigo odeia quando você liga depois que ele já se deitou.
Um amigo de verdade pergunta por que você demorou tanto para ligar.
Um amigo prá-caralho pergunta se você tá virando viado prá ligar aquela hora, te manda dormir e tomar no cú e fala para você ir curar tuas mágoas com cachaça.

Um simples amigo procura você para conversar sobre seus próprios problemas.
Um amigo de verdade procura você para te ajudar com os teus problemas.
Um amigo pá-caralho procura você, te ajuda com os teus problemas e ainda te leva pra gandaia e paga todas.

Um simples amigo, ao visitá-lo, age como uma visita.
Um amigo de verdade abre a geladeira e serve-se sozinho.
Um amigo prá caralho abre a geladeira, serve-se sozinho e ainda reclama que só tem Kaiser.

Um simples amigo pensa que a amizade acabou depois de uma discussão.
Um amigo de verdade sabe que não é amizade enquanto não teve a primeira briga.
Um amigo prá caralho xinga você, chuta o seu cachorro e risca teu carro, mas tá tudo bem.

Um simples amigo espera que você esteja sempre lá para ele.
Um amigo de verdade espera sempre estar lá, PRA VOCE!!!
Um amigo prá-caralho te espera duas horas no bar até ficar revoltado. Vai até a sua casa, xinga você, chuta o teu cachorro e risca seu carro, tudo de novo.

Passe esta mensagem para qualquer pessoa que você:
1) simplesmente goste;
2) que você verdadeiramente goste;
3) ou que você goste prá-caralho.

quinta-feira, julho 15, 2004

::: MINHA PILHA É ALCALINA! :::
Alex Franulovic da Costa


Fui ver o filme do Cazuza ontem... que obra! Realmente pirei, me emocionei pacas!
Não vou entrar na discussão comum sobre o filme em si, sobre a pessoa do Cazuza ou sobre suas músicas e as do Barão, cada um tem um gosto e não quero que ninguém concorde comigo. O fato é que eu saí do cinema bem diferente do que entrei e isso sim, seria bom que acontecesse com todos! Foi como assistir a uma aula ducaraio na faculdade, daquelas que te abrem a mente e te fazem quase que imediatamente a olhar pro mundo com olhos arregalados, olhos que antes da aula estavam cobertos por cortinas! O mesmo pode acontecer ao lermos um livro, escutar uma música ou assistir um filme: clareia tudo! Considero bom pra caraio tudo aquilo que é capaz de transformar alguém e é disso que estou falando!
"Meus heróis morreram de overdose" - que frase!!! Mas que "overdose" seria essa?!? Jim Morrison, Jimmy Hendrix, Janis Joplin, Renato Russo, Cazuza e Cássia Eller por exemplo, cada um morreu por um motivo, cada um no seu contexto, mas considero que a overdose que de fato os matou foi a overdose de vida!!! Meus heróis são os mesmos do Cazuza e antes que alguém me venha com o velho - "mas essa gente louca não presta", já mando a mesma resposta que Cazuza deu ao seu pai, um respeitado empresário que criticava as amizades prazeirosas do filho/poeta - "e quem é que presta nessa vida?!?". Meu heróis são (eram) cheios de vida e pouco se importam com a "boa conduta social", afinal de contas essa tal conduta serve mais é pra criar os "inimigos que estão no poder" e isso é assunto pra uma outra hora...
Mas toda essa overdose de vida, levou os jovens heróis à morte... será essa a moral da história?!? Será que a história precisa sempre de moral?!? Será que sempre tem que acabar assim?!?
O amor impetuoso pela vida, o amor ao amor, as "paixões desenfreadas" parecem sempre levar pra uma espécie de acerto de contas, onde esse amor exagerado é pago com o preço da própria vida... Os antigos poetas românticos, o Werther de Goethe, todos se foram e todos tão jovens! Meus heróis morreram de overdose!!!
Já cantou também Lobão - "Decadance, é melhor viver 10 anos a 1000, do que 1000 anos a 10"! Tudo isso me leva a comparar nossas vidas a meras pilhas, com uma quantidade fixa de energia pra ser "gasta" conforme o livre arbítrio de cada um.
Estou disposto a viver como meus heróis, intensamente, cheio de amor, mas não quero que minha pilha se gaste rapidamente como a deles, porque realmente amo a vida da mesma maneira que eles amavam e quero continuar aqui, vivendo!!!! Assim como o Zorba de Nikos Kazantzakis, ouso dizer que "um homem como eu deveria viver mil anos!"
Será que meus heróis estavam usando pilhas comuns?!? Por isso se foram?!?
Talvez... então é melhor aprender com eles e trocar de pilha: MINHA PILHA É ALCALINA!!!
- 30/06/2004 -
::: PONTO G :::
Martha Medeiros


Isabel Allende é uma das escritoras que mais admiro, não só por seus livros, mas também por seu humor, sua trajetória de vida e sua força diante de dramas inesperados, como a morte prematura de sua filha, Paula, aos 28 anos, que acabou lhe inspirando um romance biográfico emocionante.
Hoje, Isabel vive feliz em Sausalito, Califórnia, com o segundo marido.
Lendo a entrevista que ela deu para a Playboy, ri muito com suas declarações e uma delas me pareceu um verdadeiro achado. "As mulheres gostam que lhes digam palavras de amor. O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar."
Ah, o ponto G, esse paraíso secreto que leva os homens a explorações minuciosas. Tanto trabalho por nada. Não temos um ponto G, mas dois, um em cada lateral da cabeça, e não é preciso tirar nossa roupa para nos deixar em êxtase. Falem, rapazes. Digam tudo o que sentem por nós, assim, assim... isso.
Concordo com a autora de A Casa dos Espíritos: o melhor afrodisíaco é a declaração de amor.
Não aquelas mecânicas, faladas no piloto automático, mas as verdadeiras, sentidas, aquelas que os homens imaginam que basta serem ditas com o olhar e com as mãos, mas que fazemos questão de escutar também com a voz. "Como eu gosto de estar com você, esqueço do tempo ao seu lado, que horas são? Já? Que me esperem, não consigo desgrudar de você, amor."
Caetano Veloso vendeu um milhão de cópias do seu último disco, e tenho certeza de que não foi por causa de "vou me embora, vou me embora, prenda minha,..." e sim "por que você me deixa tão solto, por que você não cola em mim?"
As feministas mais ortodoxas devem estar bufando. Tanta coisa pra se exigir de um homem: mais espaço na política, mais ajuda em casa, salários iguais e nada de gracinhas no escritório, e vem essa daí clamar por palavras!
Pois essa daqui acha tão interessante a idéia de igualdade entre os sexos que adoraria vê-los soltar o verbo como nós fazemos, expressar os sentimentos sem medo de ser piegas, afirmar e reafirmar diariamente como a gente é importante para eles e que saudades estavam do perfume dos nossos cabelos.
Clichê em último grau, reconheço, mas quem quer ser moderna nessa hora?
Tudo o que se reivindica é o desbloqueio emocional masculino. Nossos hormônios saberão como agradecer.

quarta-feira, julho 07, 2004

::: Ilusões do Amanhã :::
PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos)


Por que eu vivo procurando
Um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você
Eu quero apenas viver
Se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar
Sem nem ao menos me olhar
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente pra cada um
O meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo,
Que acredita num sonho
Na procura de te esquecer
Eu fiz brotar a flor
Para carregar junto ao peito
E crer que esse mundo ainda tem jeito
E como príncipe sonhador
Sou um tolo que acredita ainda no amor.

Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de
excepcional. Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15 .
Peço que divulguem para prestigiá-lo.

Se uma pessoa assim acredita tanto porque as que se dizem normais não acreditam?