quarta-feira, abril 06, 2005

::: Bitter Wine:::
Bon Jovi

We met some time ago, when we were almost young
It never crossed my mind to ask, where did you come from?
I didn't have much money, so I stole you a rose
You were dressed like an orphan, in Salvation Army clothes

I never thought I'd lose you, no, I'd rather go blind
I thought I saw the future, but the fortune teller lied

Your love was my salvation, it could always get me high
What was once holy water, tastes like bitter wine

I know I wasn't funny, but you laughed at all of my jokes
When I was choking on the words to say,
You showed me your finger down my throat
The first night I said I loved you, you told me to go to hell
You were giving me head, on that creaky,
Old bed at the Ol'Duvol Motel

Just like everything, even good love has to die
Ain't no sympathy when it says goodbye

Your love was my salvation, it could always get me high
What was once holy water, tastes like bitter wine

Just like everything, even good love has to die
Ain't no sympathy when it says goodbye, no one even cried
We were one of a kind
One of a kind

Love left me stranded at the station
And the last train's gone by
What was once holy water
Tastes like bitter wine

Your love was my salvation, it could always get me high
You take the bag of holy water
Now all that's left is bitter wine

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

::: Together :::
by Avril Lavigne e Chantal Kreviazuk

Something just isn't right
I can feel it inside
The truth isn't far behind me
You can't deny

When I turn the lights out
When I close my eyes
Reality overcomes me
I'm living a lie

When I'm alone I
Feel so much better
And when I'm around you
I don't feel

Together
It doesn't feel right at all
Together
Together we built a wall
Together
Holding hands we'll fall
Hands we'll fall

This has gone on so long
I realize that I need
Something good to rely on
Something for me


My heart is broken
I'm lying here
My thoughts are choking on you my dear
On you my dear
On you my dear

segunda-feira, janeiro 17, 2005

::: SE AMAR FOSSE FÁCIL... :::
Desconheço o nome do autor

Não haveria tanta gente amando mal,
nem tanta gente mal amada.
Se amar fosse fácil,
não haveria tanta fome,
nem tantas guerras,
nem gente sem sobrenome.
Se amar fosse fácil,
não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém,
nem haveria orfanatos,
porque as famílias serenas adotariam mais filhos,
nem filhos mal concebidos,
nem esposas mal amadas,
nem esposos insatisfeitos,
nem mixês,
nem prostitutas.
E nunca ninguém negaria o que jurou num altar,
nem haveria divórcio e nem separações, jamais...
Se amar fosse fácil,
não haveria assaltantes e as mulheres gestantes não tirariam seu feto,
nem haveria assassinos,
nem preços exorbitantes nem os que ganham demais,
nem os que ganham de menos.
Se amar fosse fácil nem soldados haveria, pois ninguém agrediria,
no máximo ajudariam no combate ao cão feroz.
Mas o amor é sentimento que depende de um "eu quero", seguido de um "eu
espero";
e a vontade é rebelde,
o homem,
um egoísta que maximiza seu "eu" por isso,
o amor é difícil.

domingo, janeiro 16, 2005

::: Outra Vez :::
Composição: Isolda

Você foi o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim.
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.
Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

::: Everything :::
Alanis Morissette

I can be an asshole of the grandest kind
I can withhold like it's going out of style
I can be the moodiest baby and you've never met anyone
Who is as negative as I am sometimes
I am the wisest woman you've ever met
I am the kindest soul with whom you've connected
I have the bravest heart that you've ever seen and you've never met anyone
Who is as positive as I am sometimes
You see everything you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
There's not anything to which you can't relate
And you're still here
I blame everyone else & not my own partaking
My passive aggressive-ness can be devastating
I'm terrified and mistrusting and you've never met anyone
Who is as closed down as I am sometimes
You see everything you see every part
You see all my light and you love my dark
You dig everything of which I'm ashamed
There's not anything to which you can't relate
And you're still here
What I resist persists and speaks louder than i know
What i resist you love no matter how low or high I go
I am the funniest woman that you've ever known
I am the dullest woman that you've ever known
I'm the most gorgeous woman that you've ever known and you've never met anyone
Who is as everything as I am sometimes

quarta-feira, janeiro 12, 2005

::: Muito prazer, 2005 :::
Tatiane Bernardi

Uma breve apresentação da minha pessoa para o ano que chega.

Eu tenho medos bobos e coragens absurdas. Eu vivo cercada de pessoas por fora da minha bolha egocêntrica, infantil e sensível.

Eu preciso de sal e açúcar para não virar os olhos de pressão baixa e hipoglicemia, já tive ptiríase aliquenóide crônica e tenho prolapso da válvula mitral.

Eu quase nunca sei se uma palavra começa com e ou com i.

Escrevo por três motivos simples: preciso aparecer e não sou bonita o suficiente, preciso matar o tempo e preciso não morrer.

Sou fútil, entro em pânico pela moda, mas meto um chinelinho pra parecer desencanada. Sou romântica, entro em pânico por não ser amada, mas meto um... Bom vocês já entenderam o contexto pobre.

Eu vivo à espera daquele momento, mas não sei que porra de momento é esse.

Às vezes sinto cheiros e morro de saudades de coisas que já não me lembro mais.

Eu me orgulho de todas as minhas lembranças ingênuas, mas tenho consciência de que foi a minha fragilidade cansada que me transformou numa pessoa irônica.

Eu tenho uma risada escandalosa que me envergonha e uma mania ridícula de imitar a Madonna nas pistas de dança. Às vezes eu só queria estar deitada com meu diário, olhando as estrelas e me masturbando, igual o Leonardo DiCaprio naquele filme de drogados.

Passo metade do dia odiando minha vida e querendo ser sugada pela minha própria insignificância. A outra metade passo rindo do quanto sou dramática e exagerada.

Eu sei de cor o nome de todos eles, mas faço de conta que já perdi a conta. Eu sei de cor tudo o que tenho que fazer para dar certo, mas tenho medo da responsabilidade de ser notada.

Adoro o toque do telefone que quebra o barulho do abandono, a força leve da caneta no papel que pode transformar tantas coisas e o som do carro chegando na chuva para me salvar. Eu adoro ouvir música bem alta, do som da agulha no disco e do resto do Sol que entra pela janela me trazendo calmaria por pertencer a algo e faniquito por não pertencer a tudo.

Às vezes, eu gosto apenas da folha em branco, do silêncio, da noite e da janela fechada, de preferência todos juntos.

Adoro o som de crianças num parquinho, mas como nem tudo são flores adoro o pai sentado no banquinho da praça louco para brincar no trepa-trepa.

Apesar da minha espera em viver um agrande amor, abasteço meus buracos de falsos cognatos. Homens que parecem ser.

Acho tudo o que se refere ao amor extremamente brega. Acho tudo o que não se refere ao amor extremamente infeliz.

Não sou lésbica mas adoro as mulheres, seus cheiros, cabelos, cinturas e mil faces para disfarçar o óbvio. Quando vejo uma mulher bonita, em vez de invejá-la me pego imaginando como ela seria fazendo amor: suas caras, bocas e sons.

Tenho crises de pânico mas nunca tomei nenhum remédio, acho normal que às vezes o ar se despeça do meu mundinho fechado e me faça vagar pela falta de pressão do universo. Minha mão fica tão gelada e meu coração tão quente que eu pareço um petit-gateau.

Tenho medo de vomitar e não parar nunca mais de vomitar. De bater a cabeça desmaiada na pia e morrer solitariamente, entregando ao mundo por impotência minhas vísceras magoadas e sujas.

Eu tenho vontade de pisar na grama cheia de insetos que pinicam, de me sujar na bosta do cavalo, de corroer minhas neuroses no ácido do meu fígado, de dormir melada de amor. Mas sou mais viciada em banhos do que em qualquer outra coisa.

Eu cansei de papo furado à luz de velas, eu cansei da ansiedade e da ilusão de princesa. Eu prefiro um DVD e um pijamão com a minha cachorrinha e todas as minhas guloseimas no armário da cozinha.

Mentira. Tudo mentira. Eu corro atrás o tempo todo. Mas acabo dando de cara com a minha bunda. E eu odeio a minha bunda.

A maior alegria para mim é colocar a música “This Fire” do Franz Ferdinand e berrar, até porque depois de berrar eu fico rouca e posso fingir que sou outra pessoa.

A última vez que tentei ser meiga falei: não tá vendo que agora eu sou meiga, porra!

É isso, não vou falar do Bush, não vou falar do Lula, não vou falar do beijo de sangue do filme Os Sonhadores. Não vou falar de nada que não seja meu umbigo. Sou essa mala monotemática mesmo, chata, obsessiva e sem sobrancelhas, mas que ama muito mais do que odeia, apesar de odiar isso.

Feliz tudo para todos vocês.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

::: Uma história interrompida :::
Tatiane Bernardi

Interrompida, caiu uma vírgula por aí, minha oração nunca será ouvida. Me perdi no meio dos sentidos.

História escrita a lápis, lápis-borracha para tudo ser mais prático. Escrita de qualquer jeito, torta, em linhas invisíveis. Com um início de perder o fôlego, mas com um eterno três pontinhos num final que nem existe.

Os três pontinhos são o que me matam, ponto final seria a dureza clara e o fim da história, três pontinhos são o que me matam.

Uma história pra adultos, escrita por crianças. Você sem saber viver de tantas vidas por aí, eu sem conseguir viver porque virei sua hospedeira.

Quis sugar sua vida perdida, e me perdi.

Incapaz de me sentir por medo de ser inteira, saio sentindo e sendo os outros. Quis ser você inteiro, morar aí dentro, bombear e mandar nas suas veias.

Mas você é tão livre, tão acima do chão. Tão acima de minha cabeça. Da minha cabeça que está aos seus pés.

Sinto o arrepio frio nas costas da bandeja de vidro que eu trouxe pra você.

Nela estou deitada, entregue. Mas tudo isso pode se quebrar a qualquer momento. A reconstrução eterna dos meus sonhos que já nascem fragmentados para que eu possa engolir tudo aos poucos.

Mas de nada adianta, estou eu aqui de novo, mas mais uma vez tão única e surpresa, engasgada até onde se pode sentir falta de ar.

Engasgada de você ir embora, engasgada de você voltar.

Engasgada de você sempre sorrir.

Você não passou pelos meus buracos e eu não consegui te entender no quentinho seguro do meu ventre. Você travou todas as minhas entradas, você me incha por dentro e eu nem sei se vale a pena explodir porque você é surdo e cego.

De que vale eu deixar de existir se você não me percebe?

Sigo inchada, sigo cheia de coisas para cuspir em você, sigo pontuada por esses batimentos cardíacos que descem quando te vejo.

Poesia sem rima porque não somos bregas e a vida sem sentidos e sem encaixe é a loucura que une nossas doenças. Estrofes com métrica, porque sabemos exatamente o que queremos, apenas não rimamos para que não exista cumplicidade.

Uma história começada como a necessidade obscena e idiota de coçar o saco. E terminada pela saciedade obscena e idiota de o saco já ter sido coçado.Tudo tão simples como expelir algo fisiológico. E eu me sentindo uma merda mesmo.

Ditado de três palavras para você: gostosa, fácil, comer. Narração de sujeito oculto para mim: meus sentimentos escondidos até o fim.

Uma redação com margem, tamanho e estilo impostos para você. Um diário sem limites para mim.

E você continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que antes eu nem sentia falta.

E você continua escrevendo sua história pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos.

E eu continuo escrevendo seu nome com letras cheias, para tentar preencher você de alguma maneira. Pra tentar deixar tangível a sua existência. E principalmente pra poder amassar o papel e jogar no lixo.

sexta-feira, janeiro 07, 2005

::: Crash! Boom! Bang! :::
Roxette

My Papa told me to stay out of trouble.
"When you've found your man, make sure he's for real!"

I've learned that nothing really lasts forever.
I sleep with the scars I wear that won't heal.
They won't heal.

'Cause every time I seem to fall in love.
Crash! Boom! Bang!
I find the heart but then I hit the wall.
Crash! Boom! Bang!
That's the call, that's the game
and the pain stays the same.


I'm walking down this empty road to nowhere.
I pass by the houses and blocks I once knew.

My Mama told me not to mess with sorrow.
But I always did, and Lord, I still do.
I'm still breaking the rules.
(I kick it up. I kick it down).

'Cause every time I seem to fall in love.
Crash! Boom! Bang!
I find the heart but then I hit the wall.
Crash! Boom! Bang!
That's my real middle-name.
It has always been the same.
That's the call, that's the game
and the pain stays the same.

I still feel the heat.
(Slowly fallin' from the sky.)
And the taste of the kissing.
Shattered by rain.
(Comin' tumblin' from behind.)
And the wild holy war.

(I kick it up. I kick it down.)
And every time I seem to fall in love.
Crash! Boom! Bang!
I find the roses dying on the floor.
Crash! Boom! Bang!
That's the call, that's the game
and the pain stays the same.
That's my real middle-name.
It has always been the same.
::: Heart Shaped Sea :::
Roxette

Babe it's time
to tell me that it's over,
tell me that it's over,
it's plain to see.
And this time
we won't be starting over,
no crying on your shoulders
into the heart shaped sea.
Oh you've been a-running
from our door
and you've been enchanted
by the gracious voice of love.

Babe it's time
to look me in the eyes,
time to say goodbye,
it's clear to me.
And this time (I won't let you down)
I won't let you down, (You can turn around)
you can turn around,
I'll set you free.
Oh you've been a-sailing
from our shore
and you've been enchanted
by someone from afar.

Babe it's time
to gather all the harvest,
to pray before the winter
and sail the heart shaped sea.
Oh you've been a-running
from my love
and you've been enchanted
by the powers up above.

terça-feira, janeiro 04, 2005

::: Ser ou não ser de ninguém? :::
Mônica Montone

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas que quer que alguém seja seu.

Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação". Agir como tribalista tem consequências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando
mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.

Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar, também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de
cobrança?

A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ! ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia pa ra ir ao cinema de mãos
dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.

Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio a confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram ( pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras. Talvez seja por isso que
pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram.

Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabi! lizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não ! é causal, mas quem sabe correlacional.

Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.

Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.

sábado, janeiro 01, 2005

Para os não-psicólogos que não entenderem o motivo do texto... a raiva é de mim mesma. Muita, muita raiva mesmo.
Meu ano novo foi maravihoso, me diverti demais com pessoas novas. Adoro conhecer gente legal, alto astral. Adoro chegar numa casa de desconhecidos e me sentir em casa. O problema todo foi sentar a bunda na cadeira do computador e ver o que eu não queria. Pronto, agora deixa eu desabafar, usando as palavras da minha cronista favorita. O texto é enorme, vou colocar só o que explica o que sinto agora. Ah, chega de explicações, o site é meu, a raiva é minha também!



::: Odeio Esse Texto :::

Tatiane Bernardi

"Eu tenho, você tem e eu duvido que aquele cara ajoelhado na frente do santo ou aquela mulher descalça numa ciranda espírita não tenham: ódio. E eu não sou só isso, eu não sou assim o tempo todo, eu não me baseio nisso. Mas, sim, eu odeio, e como. E a cada dia eu odeio mais conscientemente, a cada ano eu odeio mais especificamente e a cada noção da vida eu odeio mais verdadeiramente.

Odeio não ter um filho da puta nesta terra que sirva para meu namorado.

Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.

Odeio homens.

Odeio o fim do sexo com aquela lambuzeira toda, odeio o meio do sexo porque minha cabeça quase sempre está em outro lugar e eu quase sempre finjo orgasmo. Odeio quando amo o sexo e o filho da puta some e eu passo mais um tempão para gostar de sexo de novo.

Odeio que me olhem e que não me vejam.

Odeio o tapinha dos homens e o beijinho em falso das mulheres. Prefiro virar a cara, prefiro cuspir, prefiro odiar, quando eu era criança sonhava todas as noites que arrancava os olhos de todo mundo e só eu podia enxergar o quanto era feio eu ser como sou."