sábado, janeiro 01, 2005

Para os não-psicólogos que não entenderem o motivo do texto... a raiva é de mim mesma. Muita, muita raiva mesmo.
Meu ano novo foi maravihoso, me diverti demais com pessoas novas. Adoro conhecer gente legal, alto astral. Adoro chegar numa casa de desconhecidos e me sentir em casa. O problema todo foi sentar a bunda na cadeira do computador e ver o que eu não queria. Pronto, agora deixa eu desabafar, usando as palavras da minha cronista favorita. O texto é enorme, vou colocar só o que explica o que sinto agora. Ah, chega de explicações, o site é meu, a raiva é minha também!



::: Odeio Esse Texto :::

Tatiane Bernardi

"Eu tenho, você tem e eu duvido que aquele cara ajoelhado na frente do santo ou aquela mulher descalça numa ciranda espírita não tenham: ódio. E eu não sou só isso, eu não sou assim o tempo todo, eu não me baseio nisso. Mas, sim, eu odeio, e como. E a cada dia eu odeio mais conscientemente, a cada ano eu odeio mais especificamente e a cada noção da vida eu odeio mais verdadeiramente.

Odeio não ter um filho da puta nesta terra que sirva para meu namorado.

Eu odeio machismo, submissão e mais do que tudo isso ter que ser forte o tempo todo e não ter um ombro másculo para chorar até minha última gota desamparada.

Odeio homens.

Odeio o fim do sexo com aquela lambuzeira toda, odeio o meio do sexo porque minha cabeça quase sempre está em outro lugar e eu quase sempre finjo orgasmo. Odeio quando amo o sexo e o filho da puta some e eu passo mais um tempão para gostar de sexo de novo.

Odeio que me olhem e que não me vejam.

Odeio o tapinha dos homens e o beijinho em falso das mulheres. Prefiro virar a cara, prefiro cuspir, prefiro odiar, quando eu era criança sonhava todas as noites que arrancava os olhos de todo mundo e só eu podia enxergar o quanto era feio eu ser como sou."

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