sábado, abril 25, 2015

::: A Despedida do Amor :::
Martha Medeiros

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.

É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…

E só então a gente poderá amar, de novo.

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.

A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…

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