segunda-feira, junho 02, 2008

::: Camerata :::
Ana Paula Mangeon

Que pena.

O corpo dominado
não lhe acompanha
quando seu pensamento
pela minha cama
passeia

No sono sedento,
Finjo repouso.
Nego canibalismos
e perpetuo o jejum.

Você insiste.
Instiga
depois, desiste.

Olho para o céu
e conto os segundos.
Os astros revelam
a coragem minguante.

Me larga sozinha,
me vingo adiante.
Conheço o ímpeto
Que lhe norteia;

Da mesma matéria,
Somos alma e hormônio.
Estarei lhe esperando
Na próxima lua cheia.

Nenhum comentário: